domingo, 16 de setembro de 2012


Só 15% de professores em faculdade paga são doutores

Nas instituições públicas, o porcentual de doutores saltou de 36% para 50% em nove anos
O número de professores com doutorado nas instituições de ensino superior privado no País aumentou apenas 3,3 pontos porcentuais em uma década, de 2001 a 2010. Do total de docentes nas entidades particulares, 15% têm grau acadêmico de doutor - cerca de 33 mil pesquisadores. Nas instituições públicas, o porcentual de doutores saltou de 36% para 50% no mesmo período.
Os dados sobre a evolução na titulação dos professores fazem parte do relatório do Censo da Educação Superior de 2010, consolidado em agosto deste ano pelo Inep(Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão vinculado ao MEC (Ministério da Educação).
No documento, o Inep afirma que o porcentual atual das funções docentes de doutorado nas particulares é "bastante reduzido". Já a Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) - entidade que representa 400 instituições privadas - alega que a maioria das unidades particulares não tem o título de universidade.

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Segundo o consultor educacional da Abmes, Celso Frauches, como a maioria das instituições privadas é formada por centros universitários ou faculdades, não haveria obrigação de realizar uma pesquisa com professores de maior titulação nem de oferecer cursos de doutorado, por exemplo.

— Essas instituições não são destino do professor-doutor.
Mas, segundo o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, as faculdades devem sim "problematizar" algum tipo de pesquisa. Segundo Alavarse, o professor com doutorado teria uma preparação mais sólida.

— O título de doutor não significa um título de nobreza, significa que alguém passou pelo menos sete anos como pesquisador.

Fonte: http://noticias.r7.com/educacao/noticias/so-15-de-professores-em-faculdade-paga-sao-doutores-20120916.html
Romer defende educação como solução para males brasileiros

O economista americano Paul Romer faz uma defesa veemente de investimentos em educação para melhora econômica e social
A primeira medida a ser tomada é criar um sistema de avaliação continuada”, disse no EXAME Fórum. Para Romer, é preciso haver uma maneira de testar se os programas governamentais realmente funcionam e encontrar um feedback deles. “Os professores também precisam ser avaliados. Algumas pessoas são melhores em ensinar do que outras é nós conseguimos distinguir essas pessoas”, diz.
De acordo com o economista, a avaliação tem de ser frequente, individual e os resultados têm de estar públicos. Romer explica que os pais vão se beneficiar desse sistema e participar mais da educação dos filhos - justamente porque vão buscar melhores resultados para os filhos.
Além disso, o economista defende as escolas em tempo integral: “todo sistema de sucesso escolar no mundo tem esse esquema e há evidências de que quanto mais as crianças participam do ambiente escolar de maneira ativa, mais aprendem”.
Para Romer, os efeitos dessas mudanças poderão ser vistos em dez anos, com mão de obra mais qualificada e inovadora, pronta para entrar no mercado de trabalho.
População adulta - O economista não deixou de lado a população mais adulta do Brasil e reiterou a importância de melhorar as qualificações desses trabalhadores.
“É preciso aumentar os trabalhos formais e qualificar as pessoas, mesmo porque hoje há mais pessoas jovens do que pequenas crianças”, diz. Para ele, se o governo melhorar o ensino e as condições de emprego dessa faixa, a economia vai mudar substancialmente.
“Um exemplo a ser seguido é o de Singapura, ou muitos outros países asiáticos, onde o governo trouxe indústrias estrangeiras que deram oportunidade e qualificaram as pessoas”, afirma.

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/solucao-para-economia-no-brasil-educacao--2