O economista americano Paul Romer faz uma defesa veemente de investimentos em educação para melhora econômica e social
A primeira medida a ser tomada
é criar um sistema de avaliação continuada”, disse no EXAME Fórum. Para Romer, é preciso
haver uma maneira de testar se os programas governamentais realmente funcionam
e encontrar um feedback deles. “Os professores também precisam ser avaliados.
Algumas pessoas são melhores em ensinar do que outras é nós conseguimos
distinguir essas pessoas”, diz.
De acordo com o economista, a avaliação tem
de ser frequente, individual e os resultados têm de estar públicos. Romer
explica que os pais vão se beneficiar desse sistema e participar mais da
educação dos filhos - justamente porque vão buscar melhores resultados para os
filhos.
Além disso, o economista defende as escolas
em tempo integral: “todo sistema de sucesso escolar no mundo tem esse esquema e
há evidências de que quanto mais as crianças participam do ambiente escolar de
maneira ativa, mais aprendem”.
Para Romer, os efeitos dessas mudanças
poderão ser vistos em dez anos, com mão de obra mais qualificada e inovadora,
pronta para entrar no mercado de trabalho.
População adulta - O economista não deixou de lado a
população mais adulta do Brasil e reiterou a importância de melhorar as
qualificações desses trabalhadores.
“É preciso aumentar os trabalhos formais e
qualificar as pessoas, mesmo porque hoje há mais pessoas jovens do que pequenas
crianças”, diz. Para ele, se o governo melhorar o ensino e as condições de
emprego dessa faixa, a economia vai mudar substancialmente.
“Um exemplo a ser seguido é o de Singapura,
ou muitos outros países asiáticos, onde o governo trouxe indústrias
estrangeiras que deram oportunidade e qualificaram as pessoas”, afirma.
Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/solucao-para-economia-no-brasil-educacao--2
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